As homenagens continuam mesmo assim!!! Mamães pâncreas merecem serem lembradas todos os dias!!!
Segue o depoimento da mamãe Aline Rodrigues de Macaé, Rio de Janeiro!
Olá meu nome e Aline
eu tenho três filhos o Lucca de 14 anos e os gêmeos de 2
anos e 6 meses. Hoje vou contar pra vocês um pouquinho da nossa historia
como descobrimos a diabetes dos gêmeos e como vivemos com ela.
Como meu filho mais velho já tinha 11 anos decidimos que
queríamos outro filho
pra encerrar. Bem em janeiro de 2011 descobri que estava grávida antes
de um mês que eram gêmeos um susto, comecei logo pré-natal.
Gravidez
tranqüila bem assistida quando com quase oito meses os apressadinhos
resolveram nascer foram 12 dias de UTI, mas graças há Deus, nada
muito grave, o que pra uma mãe, eu acho que isso não existe. Bem, por ai já
foi tudo muito novo e diferente do filho mais
velho.
Bem, fomos
adaptando aprendendo nos conhecendo cada dia um novo eu me sentia
uma heroína, pois muitas vezes cuidava deles
sozinha meu marido no trabalho eu
não tinha ninguém comigo e assim fomos vivendo nossa vida ate que no
final do ano de 2012 eu tive uns problemas que
mudaram bastante minhavida.
Nossa rotina, as crianças começaram a adoecer e assim foi
natal e ano novo. Na segunda semana de janeiro de 2013 foram quatro dias
seguidos indo a prontos socorros
vários diagnósticos desidratação, pneumonia, virose, com um dos gêmeos o Ítalo completamente prostrado não queria
levantar mais eu não
tinha
mais lagrimas pra chorar ate que nos quatro dias relatei tudo a
medica
novamente e essa pediu um exame de sangue quando veio o resultado
ela me
chamou e disse: “mãe deu açúcar no sangue” foi quando fui associar toda
sede e xixi e na hora me veio à palavra DIABETES
na cabeça e as lagrimas desceram,
meu estomago embrulhou eu não sabia o que fazer e a medica nem tinha me falado nada ainda a enfermeira foi ate a maca
que estava meu filho com um
aparelho na mão furou o seu dedinho pegou seu sanguinho e saiu eu
perguntava a ela quanto tinha dado e ela só me
respondia a medica vai falar com a
senhora mãe fica calma percebi certa agitação, pois estávamos numa
emergência pediátrica a medica me chamou e disse
que teríamos que ir pro hospital
municipal pra fazer mais exames e ter mais amparo que ali ele não teria
a ambulância já estava a caminho ela me disse o dextro deu HI.
Eu não fazia idéia do que era isso, mas tinha certeza de
que não era algo bom.
Bem,
fomos para o hospital passamos a noite na unidade intensiva ele sendo monitorado
furado de uma e uma hora colhendo xixi, muitos fios, aparelhos tantas
tentativas de tirar sangue dele em vão não agüentava mais ver a agonia
do meu filho tão indefeso que nem sabia falar chorava gritava estendia
os braços implorando pra que eu o pegasse minha vontade era de pegá-lo
e dizer acabou meu filho pronto vamos pra casa, mas eu não sabia nada
do que me esperava foi à madrugada mais longa que já tive logo pela manha
as medicas vieram conversaram comigo eu não conseguia entender o que
elas diziam.
Simples assim, eu não compreendia quando o nutricionista veio falar
comigo sobre o que iríamos dar pra ele comer eu simplesmente engasguei
ele foi muito atencioso trouxe varias opções depois do café, vieram outras
medicas da UTI de adultos e me perguntou o que estava acontecendo.
Eu
disse que tinha acabado de descobrir que meu filho estava diabético e ela
disse: por que você esta assim mãe? É só diabetes! Nossa, eu fiquei muito brava
e muito mais triste com a frieza daquela mulher, mas com o tempo eu posso
concordar com ela fomos para o quarto passamos 15 dias no hospital num
malabarismo que parecia não ter fim entre hipos e hiper aprendi a aplicar
as insulinas não tive medo de furar meu filho, pois era pro bem dele e o
quanto antes aprendesse quem sabe antes iríamos embora.
Conheci uma enfermeira que tinha ficado diabética há seis meses
ele me ajudou muito fiz uma amiga
no hospital que tenho contato ate hoje bem tivemos alta do hospital sem controle nenhum, pois parecia que não ia
ter jeito as refeições nunca
chegavam no horário no hospital o menino sempre passando mal já não aceitava
mais a alimentação de lá decidimos ir pra casa eu ia uma vez por semana no centro de referencia ao diabético da minha
cidade passei sustos terríveis em
casa com ele com severa, convulsão hospital ate que trocamos de insulinas.
Nada como um dia após o outro. Fui aprendendo a ver meu filho
com outros olhos, e se já prestava atenção neles agora tinha redobrado aprendendo a perceber os
sinais que ele me dava os sintomas
que ele iria ter com as após e hiper fomos criando uma rotina nos organizando o melhor que podíamos e com sete meses
de diagnostico de Ítalo veio o
diagnostico de Davi.
Davi começou a apresentar alguns sintomas emagrecimento e muito xixi foram
os principais eu sempre fazia exames dele também e em setembro fiz exames dos dois e veio a confirmação, chorei,
fiquei triste mas bola pra frente liguei pra
medica ela pediu pra levar no consultório
no outro dia, mas mãe sabe como é!
Antes de dar janta pra eles fiz o dextro nos dois e um
susto Davi com HI, corre pro hospital passamos a noite em observação no dia seguinte começamos a
insulina e como eu já estava um
pouco experiente foi mais tranqüilo e hoje estamos assim, eles tentado
conseguir melhorar essa alimentação não querem comer legumes e nem
frutas só batido ou então só banana mas graças a
Deus são levados, brincam, brigam
choram que não querem tomar ¨memedio¨(insulinas) depois tomam numa boa fazer o destro e super tranqüilo
antes eu tinha medo de sair,
colocava muitos obstáculos tem que levar insulinas e se passarem mal
etc... Aprendi que eles são crianças normais que
precisam de cuidados e de vida e
de brincar e se eu pensasse assim como poderia querer que as outras
pessoas pensassem diferente. A diabetes mudou a
nossa vida a nossa rotina os nossos horários a nossa alimentação e pra melhor ela não acabou com a nossa vida aprendemos a viver com ela!
Aline, o que dizer? Tantas idas a procura de um diagnóstico e graças que você encontrou antes que fosse tarde! Enxergar que a vida continua, que são crianças e aceitar isso tudo, acredito que aí está a chave do sucesso, de um bom controle, de uma boa educação em diabetes. Parabéns pela sua garra! Como tantas mamães pâncreas!!! E muito obrigada por colaborar com sua história!
Quer você também enviar o seu depoimento? Será um prazer!!!!
Linda Família Aline!
Sapequinhas lindos! Saúde sempre
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