segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A História de Marina e sua apostila para Escola - SICI Medtronic

Segue a história da Marina filha da Audrey, que sempre tem uma boa informação para nos repassar nos grupos do facebook, como a apostila que ela fez para enviar para escola.

Assim segue:

Nunca tive uma memória prodígia. Não me atento muito bem a data, nomes de pessoas, de ruas de lugares essas coisas. Mas o ano do diagnóstico me lembro bem: foi 2010.

No momento que no PS fizeram o teste de ponta de dedo e deu cerca de 560/dl e a plantonista disse que era diabetes eu pensei que ia tomar alguma coisa alí mesmo e tudo ficaria bem - Tamanha falta de conhecimento.

Uns dias atrás Marina parecia estar com alguma deficiência respiratória, levei ao pediatra e ele prescreveu Prelone ou Cortisona, algo assim. Passaram 3 dia e o quadro piorou. O pai dela a levou a uma clinica infantil e lá encaminharam para um hospital.

Pronto, diagnostico: DIABETES.

Não tive muito tempo de chorar. Todo o restante da família achou que o mundo tinha acabado e alguém precisava ficar lucido para dar conta da situação. Recebi uma apostila da médica de que na contracapa vinha como referencia Hospital das Clinicas explicando o que era diabetes, como cuidar, como tratar, como contar Carboidratos e devorei tudo ali mesmo na internação, afinal ficamos por lá 21 dias - se absorvi alguma coisa aí é outra coisa rsrs.

Meu chefe adiantou minhas férias. Através de muita leitura e consultas com a endócrino e nutricionista precisei a aprender muito.  Tive também que ir aprendendo e repassando  de forma mais simplificada  para a Dona Maria (ela é a pessoa que me ajuda com os cuidados da Marina desde que ela nasceu).

Dona Maria é cinquentona, não teve muito tempo para se dedicar os estudos. Tem 05 filhos, os criou sozinha. O ex marido fugiu de casa com uma sobrinha dela quando os filhos ainda eram crianças.  Pra mim é exemplo de determinação e garra. Ela se dispôs a aprender e faz muito bem.

Ainda no hospital a médica me explicou a diferença sobre insulinas. Fui até ao Belenzinho, retirei os formulários, preenchemos e entregamos novamente. Compramos a 1ª leva de insulinas, canetas e insumos. Depois de uns 10 dias após a alta hospitalar, recebi o telegrama para a retirada de do material na farmácia de alto custo do governo de São Paulo.

Os 2 primeiros anos se passaram. Lembro que no primeiro ano minha meta para o ano seguinte foi de nunca mais lembrar de como era o “tempo antes do diagnostico”.

Não sei se foi por um diagnostico precoce, o acompanhamento medico em excelência, uma força divina ou meu empenho mesmo que  consegui tal façanha, o importante foi que consegui. Hoje não tenho referencia desse outro período.

Acredito muito que o acompanhamento médico foi muito  importantes. Além de tratar a doença fisiológica, minha endo do coração sempre me acalmou com o olhar, me passou segurança através de um toque firme e aliviou meus sintomas de insegurança e ansiedade. Foram pequenos gestos, que muita gente pode achar besteira mas para mim produziram uma diferença absurda.

Estamos a caminho do 4º ano de diagnostico.  Hoje a Marina tem  5 anos. Sim, estamos ótimos! Cuidados constantes. Horário determinado para comer, glicosimetro, fitas, contagem de carboidratos e aplicações fazem parte da nossa rotina. Diante de tantas metas complicadas e compromissos, trabalho acumulado, afazeres, listas de problemas; poderia estar  desesperada à beira de um ataque de nervos não me permito me sufocar por isso, pra quê?

Beijos
Audrey Sarkosi
Lindonas!!!!
Segue o manual que a Audrey adaptou da Celi Soriani para enviar para escola da Marina, que é usuária de SICI Meditronic.


Obrigada pela oportunidade de contar a história de vocês, e "não nos deixar sufocar pelo desespero" acredito ser o fundamental! Espero que sempre tenham saúde e paz!




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